Edgar Segato Neto*
O Carnaval é uma festa que mobiliza todo o país, proporcionando momentos de lazer para alguns e gerando emprego e renda para outros. No entanto, como em todo grande evento, a folia causa impactos ambientais que precisam ser considerados; entre eles, a produção de toneladas de lixos descartadas de forma equivocada.
O desafio de um carnaval mais sustentável cabe a todos os brasileiros. Mais do que uma ação pontual, o país precisa de uma mudança de cultura que começa na adoção do consumo consciente e passa pela estruturação dos pontos de coleta e pela conscientização do descarte correto do lixo. Ao encararmos esses aspectos com seriedade, todos os grandes eventos, incluindo o Carnaval, provocarão menos impactos ambientais e mais geração de renda para a parcela da população que se beneficia com a reciclagem do lixo.
Defendo que são necessários investimentos constantes em campanhas de conscientização da população com relação ao lixo produzido durante os blocos carnavalescos e com orientações de como descartá-lo corretamente a fim de viabilizar a reciclagem.
Durante as festas de carnaval, é possível encontrar bitucas de cigarro, latas de cervejas, garrafas, confetes e outros resíduos espalhados pelas vias públicas. Mesmo no período da seca, em algumas cidades, o lixo entope os bueiros e pode gerar transtornos à população quando estiver na época das chuvas.
Em algumas cidades, já temos programas com pouca tolerância aos foliões que jogarem lixo ou urinarem nas vias públicas. Isso é positivo e deveria ser estendido para todo o país. Entretanto, precisamos observar, também, se os municípios estão oferecendo à população e aos turistas um número adequado de lixeiras e banheiros químicos durante as festas, pois não adianta exigir consciência da população se a cidade não oferecer esse suporte básico.
Talvez os números impactem: milhares de toneladas de lixo são gerados todos os anos durante o período do Carnaval. Em 2015, quase 2 mil toneladas em Salvador, a campeã na produção de lixo. No Rio de Janeiro, milhões de pessoas produziram 930 toneladas; e em São Paulo, 395 toneladas. Na capital paulista, metade do lixo produzido foi parar nos aterros sanitários, ou seja, não foram reciclados. E não foi por este lixo era orgânico, mas porque, ao jogar uma latinha no chão, o folião acaba comprometendo o material para reciclagem.
Outro ponto importante é que o simples gesto de jogar latas no lixo ou de utilizar os banheiros químicos, evita um desperdício desnecessário de água para a limpeza do local após o término da festa. Se cada um fizer sua parte, conseguimos brincar o Carnaval sem prejudicar o futuro do nosso planeta.
*Presidente da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação
Sobre a Febrac - A Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac) é uma entidade criada para representar os interesses do dos setores de serviços de Asseio e Conservação. Com sede em Brasília, a Federação agrega sindicatos nas 27 unidades federativas do país e ocupa cargos na Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nos Conselhos Nacionais do SESC e do SENAC, na Central Brasileira de Apoio ao Setor de Serviços (CEBRASSE), na Câmara Brasileira de Serviços Terceirizáveis e na World Federation of Building Service Contractors (WFBSC). A Febrac tem como objetivo cuidar, organizar, defender e zelar pela organização das atividades por ela representadas.
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