Após 7 de setembro, atenção da Economia se volta para reforma tributária e precatórios

8 de setembro de 2021
Por: Vânia Rios

Passado o 7 de setembro, a equipe econômica concentra os esforços na aprovação da reforma tributária e na busca por uma solução para pagamento de R$ 89,1 bilhões de precatórios no próximo ano. “Nada foi colocado para nós como hoje sendo um ponto de inflexão para nada. Logo, a agenda segue igual”, disse um técnico da área econômica ao Valor.

No caso da tributária, a ideia é conversar com os senadores para que a reforma, aprovada pela Câmara dos Deputados, não seja paralisada. Na avaliação da equipe econômica, não se pode perder a chance de baixar impostos para empresas e trabalhadores e devolver parte do aumento expressivo da arrecadação que União, Estados e municípios estão tendo. No acumulado de janeiro a agosto deste ano, conforme dito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a arrecadação federal está R$ 270 bilhões acima do previsto.

Sobre as negociações sobre precatórios é consenso de que é necessário um ordenamento. “Todo mundo precisa estar embaixo do mesmo teto. Afinal o orçamento é um só”, informou um outro técnico do governo. O governo negocia no Congresso Nacional uma PEC que permite o parcelamento dos precatórios, mas enfrenta resistência.

Além da PEC, há conversas para que seja feito um acordo com STF para que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) promova a mediação para encontrar uma fórmula para pagamento dos precatórios. A ideia apresentada pelo presidente do STF, Luiz Fux, também não é consenso no Supremo.

Havia muita expectativa com relação ao discurso que o presidente Jair Bolsonaro. O temor era que contribuísse para paralisar a agenda da economia. Mas, a avaliação é de que “nada foi colocado com sendo ponto de inflexão”. Em discurso, o presidente focou críticas no ministro Alexandre de Moraes, do STF. Moraes que tem determinado medidas contra apoiadores de Bolsonaro no âmbito do inquérito das “fakenews”.

Fonte: Valor Econômico

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