Serviços despenca 11,7% em abril e sofre pior queda em 9 anos

17 de junho de 2020
Por: Vânia Rios

A pandemia da Covid-19 no Brasil devastou o volume de serviços em abril. O setor apresentou queda recorde de 11,7%, a pior desde o início da série histórica, em 2011, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (17).

O resultado reflete os efeitos das medidas restritivas de distanciamento social impostas em cidades e estados do país, com a suspensão de atividades não essenciais adotada para tentar conter a disseminação do novo coronavírus. Parte dos funcionários ainda foi colocada em home office, o que também contribuiu para diminuir a demanda por serviços.

Os serviços têm forte peso sobre o Produto Interno Bruto (PIB), com participação acima de 60%. O recorde negativo no setor é outro indicador do desastre econômico que atingiu o Brasil em meio à pandemia.

Para analisar os reflexos da doença no país, o IBGE anunciou a criação de uma Pnad Covid. A primeira divulgação saiu nesta terça (16) e apontou que quase 18 milhões de brasileiros não procuraram emprego por causa do avanço da doença. Outros 8,8 milhões trabalharam de forma remota, enquanto 14,6 milhões foram afastados do trabalho pelo distanciamento social.

A pandemia foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no dia 11 de março. A primeira morte no Brasil ocorreu seis dias depois. A partir daí, estados e municípios estipularam restrições à circulação de pessoas, com o fechamento de bares, restaurantes e comércio como forma de conter o avanço da doença.

De acordo com o Banco Mundial, a projeção é que a economia brasileira possa encolher 8% em 2020, um dos piores resultados globais, ligado principalmente às medidas de contenção da propagação do vírus. Em janeiro, a projeção era de crescimento de 2% para o Brasil.
Fonte: Jornal do Comércio

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